segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Reerguido

Como previsto e esperado o Senador C voltou ao poder.
Sem uma insurreição com lhe aprazia.
Devagar, lentamente, ganhou espaço.
Sendo observado de perto por todos que lembravam bem dos desastres a que já conduzira.
Tovarish V estava cansado, mais cansado do que nunca.
O General B avançava tomando inúmeros territórios e nada podia detê-lo.
Nem os tímidos ataques de Mister U, nem a bondade de Lady E.
Nem a constância de L San, nem os bons conselhos de Seu H.
Nem Dom J, que não podia entender como essas desgraças se somavam.
Os infantes A e O já não eram tão infantes, e com isso já não eram os mesmos, com isso
não mais combatiam.
O Burocrata P assumiu seu lugar de direito a direita do General.
Havia uma única força capaz de enfrentar o General, se os demais não a atrapalhassem, Dona S.
Mas todos a temem, todos sem exceção.
E todos temem o que seria se o controle absoluto fosse dela.
Então a aprisionaram no ponto mais profundo, com correntes de diamante.
E decidiram recorrer ao Senador.
Mademoiselle D estava inquieta, os anos de retidão pesavam em suas costas, e tinha saudades dos dias em que acompanhava o Senador.
Não lhe deram poder, ainda tinham juízo, mas pediriam conselhos e lhe deram brecha.
Herr T, como fama de atrapalhar, alertou quanto a espaço que se dava ao senador, mas todos preferiram a arriscar a viver sob o julgo do General, se que se vive sobre seu julgo ou apenas se sobrevive.
O carcereiro já não podia fazer ser serviço, advertiu a todos sobre isso e também pediu cautela.
Cautelosamente deixaram que o Senador ganhasse mais espaço.
Cautelosamente ele assumiu o poder uma vez mais e expulsou o General para terras longínquas.

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