quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Destruído

A vitória sobre o General B foi comemorada.
O Senador C, ainda que acompanhado por muitos olhos atentos volta a demandar.
Escolheu, ou foi escolhido, por um novo campo onde erguer seu palácio e seu templo.
Acertos foram se acumulando e ele mostrou ter apreendido com suas tragédias.
Mestre M lhe deu todo o apoio e não mais o olhou com desconfiança.
Mademoiselle D estava contente, Tovarish V pode descansar, o Senhor F estava de volta, talvez mais forte, com certeza mais aguerrido.
Houve paz.
Os erros retidos do Senador foram deixados de lado em função da nova ordem.
Era um acordo, um tratado, para um novo futuro abria-se mão das antigas contendas.
Mas a esperada queda do Senador não falhou, ainda que vindo de modo inesperado.
L San foi destroçado.
Não houve a quem pudesse recorrer.
O Senhor F recebeu um novo golpe, sobre as mesmas cicatrizes, ou feridas.
Desse golpe nunca se recuperará totalmente, sempre restará, no mínimo, grande profunda e visível cicatriz.
O Tesoureiro Q colocou em sua balança o bom e o ruim de toda uma era, e o ruim pesou mais, com folga.
Dom J novamente ficou sem entender, e sem recurso se auto-exilou, talvez para sempre.
O Infante N nasceu das contas incontestáveis apresentadas pelo Tesoureiro e se espalhou por toda a parte, tocando a todos profundamente.
Então Z, que de tão fraco nem possuía título, cresceu e se espalhou, entranhado-se em tudo, apoiado pelos fatos, que ninguém podia negar, principalmente Seu H e Sir R, que se alinharam completamente com ele.
Vendo o caos o General reuniu suas tropas uma vez mais.
Porém, Tovarish V não entraria na mesma guerra sem futuro novamente.
Ele desceu as profundezas e usou toda a sua força, outrora aplicada em manter as coisas funcionando, outrora no combate ao General, em romper os grilhões que aprisionavam Dona S.
Dona S recrutou seu companheiro de prisão nas profundezas, Duque G que ao contrário dela estava encarcerado mais por ser desprezado do que temido.
Os Três tomaram o controle com mão de ferro.
Aprisionaram Herr T, para que sua ação não os pudesse levar a estagnação.
Diante dessa aliança o General recuou nos primeiros e ainda tímidos combates.
Eles o perseguiram e causaram tanto destruição em seu exército quanto foi possível.
Depois voltaram seus olhos ao Senador, com intenção de destruí-lo também, de uma vez por todas.
Mas o encontraram já moribundo, e tiveram pena.
Tiveram pena porque ele agiu de forma diferente, não repetiu seus erros, e ainda assim, tragicamente, colheu o mesmo retumbante fracasso.
Forças além da dele atuaram. O Elemento X é emaranhado demais para se entendido por completo, e quando é apreendido em parte, geralmente é tarde demais, ou revela realidades além da intervenção.
Finalmente o Senador se despedaçou sob os olhos tristes dos demais, seus pedaços foram espalhados por toda parte.
Mademoiselle D, mesmo inquieta e ainda em luto pelo Senador, jurou fidelidade aos Três, bem como os Príncipes A e O e Mister U, em serviço direto de Duque G. Lady E, com sua bondade, ficava deslocado nesses tempos de guerra, e não ficava a vontade de trabalhar sob Duque G, mas era o único lugar onde ela podia fazer alguma coisa.
Imperador I é o único que mantém o brilho e o poder que tinha desde o inicio, porém os demais não lhe dão mais importância, porque a despeito de sua força nada pode fazer para evitar ou amenizar o mal que a todos dominou. Só ofereceu fugas, esquivas e adiamentos, quase como que se trabalhasse para o Burocrata P.
Sobre a terra devastada pela guerra e repleta dos pedaços do Senador a Sir R coube a ingrata tarefa de traçar planos para o futuro, uma vez que os antigos planos não servem mais.
A torre desabou antes de terminar de ser reerguida.
Desses escombros terão que construir um novo reino.

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